segunda-feira, 9 de julho de 2007

Um é ruim, será que dois é bom?

Deveria ter uma lei que proibisse nomes iguais. Este final de semana eu, Pri e Amanda fomos a um barzinho e conheci um cara muito gente boa, mas detalhe o nome é Cláudio. Ele e mais dois amigos chegaram em nossa mesa e pediram para sentar, como eram bonitinhos aceitamos. Quando começaram a se apresentar o primeiro foi o Leo, o segundo o Marcos e o grand finale ficou para o Cláudio. Ninguém merece. E na disposição da mesa o Cláudio ficou bem ao meu lado, fato importante, pois o primeiro passo para uma paquera é a posição geográfica. É como os geógrafos dizem, o território é humanizado. O início do papo foram trivialidades, profissão, idade, cidade natal, essas coisas. Vez ou outra a conversa se entrecruzava a todos, por exemplo, quando a Amanda disse que era de Mogi das Cruzes e o Marcos que estava conversando com a Pri ouviu e comentou que tinha uma tia que morava lá. Disse o nome dela mas a Amanda fez sinal que não conhecia. As atenções logo foram dividas novamente entre os pares e fiquei conversando com o Cláudio, não resisti e acabei dando um sorriso, pois infelizmente lembrei do Sr. Cláudio. Ele perguntou porque estava sorrindo e acabei contando. Quando comecei a contar ficou com uma cara de tenso, mas depois acabou fazendo uma piadinha do tipo que aquele era o dia de sorte dele, enfim, acabou contornando a situação de uma maneira que gostei. Senso de humor e criatividade são duas características que aprecio. Isso acabou quebrando o gelo entre nós, o que não aconteceu, por exemplo, com a Amanda. Obrigado Sr. Cláudio pelo menos pra algo você serviu! Conversamos por um bom tempo e fiquei sabendo que além de se chamar Cláudio, ele é administrador de empresas, gosta de futebol, torce para o Palmeiras, mora sozinho, tem um filho de 5 anos, é divorciado há um ano e ficou casado durante três, tem olhos verdes, uma barriguinha de chopp e é um pouco mais alto que eu. Estávamos todas e todos conversando intensamente, reitero exceto a Pri, que fazia caras e bocas, provavelmente era devido aos pontos de vistas do Marcos, coitado. Pegou a mais radical entre nós. Em um momento de pico de repente o Leo começa a beijar a Amanda. Ficamos meio sem jeito com o fato. Acredito que não pelo dois se beijarem, já somos bem grandinhas para isso, mas o que fica estranho é aquele clima: e agora quem será a próxima? Ao mesmo tempo que cria a esperança, fica um certo desconforto se vai rolar ou não. Bom, no bar não rolou mais nada. Estávamos já meio cansadas de ficar ali, a músico não era dos melhores e estava em intervalo. Foi quando o Marcos soltou: “o que vocês acham de irmos ao posto?”. O que? Posto? Quem vai em posto é carro, meu querido. Retrucou a Pri. Foi o fim. Gosto muito da Pri, mas as vezes ela exagera. O menino ficou todo sem jeito, não sabia o que dizer. E aquele clima de “e agora, José?” se instalou na mesa. A iniciativa partia da Amanda que disse que ia embora com o Leo. Como aquele dia eu estava de carro sugeri de levar a Pri e o Cláudio, que estava com o Leo. O Marcos foi embora sozinho. Deixei a Pri em casa e fui levar o Cláudio em casa. Não era muito longe dali, no caminho fomos conversando sobre o ocorrido. Ele não entendeu muito a postura da Pri, tentei explicar pra ele que ela era assim mesmo, que tinha algumas posições radicais, mas era gente boa, etc, etc, etc. Quando chegamos no momento em que fomos nos despedir ele agilmente virou o rosto e nos beijamos. Ufa! Ainda bem que ele não me pediu um beijo, eu até daria, mas perderia todo o encanto. Ficamos ali por uns trinta minutos. Vez ou outra ele tentava passar as mãos em meus seios e meu bumbum e vez ou outra eu deixava. Ele me convidou para entrar, mas não rolou. Até fiquei excitada, mas sexo no primeiro encontro não rola pra mim. Não sou contra, já fiz, mas sempre me lasquei. Eles se empenham todos em fazer tudo direito e gostoso e depois nem ligam pra gente. Me sinto descartável. Enfim, ele desceu disse que ligaria depois e eu fui pra casa dormir. Antes, claro, passei aqui pra relatar... beijos.

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